sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Circuitos de comunicação

A forma como as coisas surgem dentro da sala é sempre tão diferente e tão interessante. Há uns tempos três meninas da Sala da Susana vieram à nossa sala mostrar um raminho de oliveira. Num pequeno frasco também traziam azeite e na mão algumas azeitonas. Tinha sido uma delas a trazer aquela partilha de casa. Curiosos que ficámos quisemos cheirar aquele líquido e ainda mexer nas folhas e bolinhas pretas que as acompanhavam. Foi uma partilha muito interessante e que suscitou alguma curiosidade. 


Lembrei-me então de uma conversa que tinha tido em tempos com os pais do Xavier, que me tinham contado que ele iria estar de férias para acompanhar a apanha da azeitona em casa dos avós. Conversei novamente com ambos e em pouco tempo tínhamos deliciosas fotografias do Xavier e da família neste momento. Foi a partir das fotos do Xavier que fomos descobrir de onde vem e como se faz o azeite. Também aprendemos onde usamos o azeite. 


Depois de todas as nossas descobertas  fizemos um cartaz que partilhámos com a comunidade escolar. 


E uns dias mais tarde, as crianças da sala da Susana voltaram à nossa sala para partilharem connosco as descobertas que fizeram sobre o azeite. 


É destes circuitos de comunicação entre a comunidade e com as famílias que nos apoiamos para a construção do conhecimento. E é também nestes circuitos de comunicação que validamos o que aprendemos ao transmitir aos outros o que descobrimos. 

Estabelecem-se circuitos múltiplos de comunicação que estimulam o desenvolvimento de formas variadas de representação e de construção interactiva de conhecimento. Esta matriz comunicativa é radicada por circuitos de comunicação das aprendizagens e de fruição dos produtos culturais, para que todos possam aceder à informação de que cada um dispõe e aos seus produtos de estudo e de criatividade artística e intelectual. As trocas sistemáticas concretizam a dimensão social das aprendizagens e o sentido solidário da construção cultural dos saberes e das competências instrumentais que os expressam. (Movimento da Escola Moderna).

sábado, 20 de janeiro de 2018

Tuna Sabes?

A nossa querida professora de Música, Margarida Barros, pertence à tuna da Escola Superior de Educação de Lisboa, a Tuna Sabes. "A Tuna Sabes nasceu no dia 17 de novembro de 1994. A Sabes é uma tuna mista constituída por estudantes dos vários cursos da Eselx, Animação Sociocultural, Artes Visuais e Tecnológicas, Educação Básica e Música na Comunidade, em que abundam os elementos femininos e escasseiam os masculinos." in site Tuna Sabes. 

A Tuna Sabes veio à escola e fez as delícias de miúdos e graúdos. Foi um manhã culturalmente rica em que ficámos todos a conhecer um pouco mais a professora Margarida. 



Obrigada à Tuna Sabes por esta partilha musical. 

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Porquinha da índia - Matilde

A Matilde - a porquinha da índia da casa da Marta - veio passar a semana à nossa sala. Sem palavras para o mimo que se viveu por aqui. A Matilde é muito meiga e viveu no colo das crianças os maiores apertos e mimos que podem imaginar.

Não houve dia que não a quisessem pegar ao colo, que não conversassem com ela, que não espreitassem para a gaiola, que não lhe dessem muito afeto. Uma semana em cheio para todos. 


Vamos ter de repetir esta visita. 

domingo, 14 de janeiro de 2018

Larasati no Teatro da Marioneta

A expectativa era enorme. Já sabíamos que Larasati seria um espectáculo pelo qual nos iríamos apaixonar mas foi tão mais que isso.

"Três canções de ninar | Três países : Indonésia, Inglaterra e Portugal | Três meninas: Elizabeth, Teresa e Larasati (que em Português, significa menina bonita. É o nome dado ao Gamelão da Embaixada da Indonésia). Canções de adormecer estrelas é um espectáculo musical interactivo para bebés e para crianças, que explora timbres e texturas resultantes do interlaçar das melodias de três canções distintas mas compostas com o mesmo propósito: fazer adormecer. À voz e ao piano , junta-se esse extraordinário conjunto/orquestra de percussão composta por metalofones, xilofones, gongos e tambores oriundo da ilha de Java, na Indonésia, que dá pelo nome de Gamelão." .. é assim que na página do Teatro da Marioneta começamos por conhecer Larasati. 

No dia marcado lá fomos nós. Estávamos com medo que chovesse, mas tivemos uma doce surpresa, um dia frio de sol. Fomos de autocarro até à R. D. Carlos I e sabíamos que teríamos de subir até ao Museu a pé com todos. Não foi fácil, mas foi possível. As crianças mais velhas da sala da Mariana ajudaram-nos nesta missão, dando a mão a cada uma das crianças da nossa sala. É desta cooperação entre crianças de diferentes idades que vivemos o dia a dia na escola. Pelo caminho alguns colos foram necessários e finalmente chegámos. Lá dentro um pátio interior onde todos puderam correr um pouco, mesmo antes de entrar para a sala onde tudo iria acontecer. 


A Elizabeth e a Teresa levaram-nos então pelo mundo encantado das canções de embalar, por um conjunto de sons e que nos cativaram desde a primeira nota. Depois... depois cada um pode experimentar os diferentes instrumentos que compõem o Gamelão. Que experiência fantástica. No final só queríamos ali ficar a explorar mais um pouco cada um daqueles instrumentos. Regressámos à escola de coração cheio. 


Bravo Larasati!!!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Das partilhas de casa à multiplicidade de atividades na escola

À nossa sala chegam as mais variadas partilhas famílias. É sempre um prazer receber este amor em forma de género. Seja num bolo que se preparou com todo o carinho, seja num pedaço de plástico que é palco para tantas brincadeiras, seja num livro que se escolhe de manhã da prateleira do quarto para se ler na habitual manhã de acolhimento. E depois é ver o orgulho com que mostram aos outros o que trouxeram. Às vezes com uma maior vontade de partilha do que outras. 


O Pedro trouxe um bolo grande de iogurte que fez com a mãe e partilhou na hora do lanche com os amigos... estava tão feliz a distribuir fatias de bolo pelos amigos. 


A Francisca trazia uma grande pedaço de plástico às bolinhas para a sala. Os pais disseram que era para partilhar com os amigos, mas ela não queria muito dividir aquele prazer de rebentar bolinhas com os pares. A primeira reação foi um amuo mas ao mesmo tempo não conseguiu dizer aos amigos que não queria partilhar com eles. Ficou ali sentada a segurar com muita força o seu pedaço de plástico. Então eu sugeri uma brincadeira. A partir dali, as gargalhadas soltaram-se e aquele momento inicial de angústia, tornou-se num momento de puro divertimento. Todos agradeceram à Francisca com abraços e beijinhos! 


As histórias entram-nos na sala (quase) diariamente. A Maria partilhou em tempos connosco uma história que adorámos. Quem conhece o livro Mamã?