"Nós não vemos as sementes crescer, nem tão pouco as semeamos. O que temos de fazer é preparar o terreno!"
terça-feira, 29 de setembro de 2020
Dançar com as Quatro Estações de Vivaldi
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
A árvore dos Caracóis
terça-feira, 22 de setembro de 2020
Subir, trepar, descer, escorregar
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
À descoberta dos figos e das figueiras
Na semana passada a Ema trouxe um figo seco para a sala e esteve a mostrar aos amigos. Ficámos muito curiosos com este fruto mas não o reconhecemos logo.
No fim de semana fui à nossa quinta de Castelo de Bode, e aproveitei para ir até às nossas figueiras. Tirei fotos, trouxe folhas da figueira e muitos figos. Na segunda-feira partilhei com o grupo tudo o que trouxe:
No fim fizemos um cartaz com as descobertas que fizemos e deixámos à porta da nossa sala, para que a restante comunidade pudesse ver o que andamos a fazer/descobrir.
segunda-feira, 14 de setembro de 2020
O regresso
Estou de regresso, numa altura em que o blogue faz ainda mais sentido. As portas das escolas estão fechadas às famílias. Os pais pouco ou nada entram nas escolas e a relação diária de abraços e troca de palavras que tínhamos, faz-se agora de forma mais escassa e adaptada. O blogue sempre foi uma janela aberta ao mundo para mostrarmos o que fazemos em sala e agora, mais que nunca, é necessário abrirmos janelas e sentirmos o afeto que continuamos a viver dentro da escola.
Setembro chegou e com ele, uma sala nova, alguns amigos novos e muitoooos novos procedimentos. Os pais já não entram na sala, mas pelo período de adaptação das crianças que estão pela primeira vez na escola, encontrámos forma de termos um espaço transitivo. A adaptação faz-se no recreio. Os pais despedem-se dos filhos com calma, sem beijos apressados e sem um nó no coração. As crianças ficam a brincar e neste tempo em que pais e filhos exploram o espaço, estabelecemos relações e construímos pontes de confiança. As crianças que já estão adaptadas e com muitas saudades da escola, regressam mais cedo à sala com a Drica (auxiliar de ação educativa) para poderem explorar o novo espaço e assim evitar que estejamos em demasia no recreio. Quando os pais se sentem confortáveis, e as crianças estão bem, despedem-se e seguem rumo aos seus trabalhos. Nós juntamo-nos ao restante grupo (não sem antes lavar mãos) e conhecemo-nos todos melhor. Alguém fica responsável pela higienização do recreio e materiais. Com crianças de 2 anos (na minha opinião, com crianças seja de que idade for) não há distanciamento social. Há um apostar forte na higienização, desinfeção, lavagem de mãos, etc. Somos pelo bem estar emocional, somos pelas relações e pelos afetos e neste novo caminho que seguimos só uma certeza: não largamos a mão de ninguém. Sorrimos mais com os olhos, aprendemos novas formas de nos expressar, aproveitamos os momentos de distanciamento para mostrar um sorriso, abraçamos, damos colo, lavamos mais vezes as mãos, mudamos mais vezes de bata, mas ninguém nos tira o amor, ninguém nos rouba a relação.
Os materiais de artes visuais todos ao alcance das crianças, para poderem escolher, explorar, experimentar o que querem fazer.
E claro... dar o devido valor e importância ao espaço exterior e ao brincar. Tanto e tanto que podemos fazer neste enorme recreio que temos à porta da sala. Temos muita sorte.
P.S. - Prometo ainda atualizar muitas das coisas que vivemos entre o último post e o de hoje. Por cada post novo, um mais antigo.