quarta-feira, 25 de abril de 2018

Pintainhos na nossa sala!

A nossa escola vive de partilhas que se fazem... na nossa escola trabalha-se de portas abertas, de braços abertos, de coração cheio. Na nossa escola há sempre a possibilidade de nos entrar na sala uma surpresa maior... porque na nossa escola há um mundo infinito de possibilidades e nós estamos disponíveis para elas. 

E foi assim que esta semana tivemos uma surpresa tão grande e tão boa. A Francisca (estagiária na sala dos bebés) trouxe uns pintainhos da quinta da sua tia para os bebés terem uma experiência incrível no berçário. Só que a Francisca e os bebés não quiseram que essa experiência ficasse reduzida ao berçário então decidiram ir a todas as salas da escola com esta partilha tão especial. 

Hoje a Sofia e o Francisco entraram na nossa sala com a Francisca e os dois pintainhos para um momento verdadeiramente delicioso. E pensar que bebés tão pequeninos são atores sociais nesta partilha tão significativa para todos. 

Depois foi ver os mais tímidos e os mais afoitos a interagirem com os pintainhos. Que experiência incrível! 


Obrigada à Francisca e ao berçário por esta manhã especial. 

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Brincar, Sujar, Brincar

Há dias em que prevemos que nos vamos sujar mais e conseguimos avisar, com antecedência para nos trazerem uma muda ou roupa velha que se possa estragar. Mas depois, há dias em que coisas imprevistas acontecem... e são esses dias tão espontâneos, divertidos e mágicos que tornam isto da educação e do trabalho com crianças tão único!

Em conversa com a Sara, demos conta que estávamos em falta com algumas atividades mais sensoriais. Já nos tínhamos apercebido que algumas crianças não gostam muito de experimentar tocar na tinta, de sujar as mãos ou de serem confrontadas com coisas novas. E assim decidimos trazer espuma da barba para a sala e deixar que as crianças explorassem conforme quisessem. 

O que aconteceu a seguir foi pura brincadeira e muita diversão:


Às vezes pensamos nos objetivos das atividades que planeamos com as crianças. A pertinência, o ponto de partida, se tem fio condutor, qual a finalidade... outras vezes é mesmo importante esquecer todos estas questões que nos assolam e promover a diversão pelo prazer puro da diversão. E hoje foi tão divertido! 

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Plantámos feijões!!!

O Xavier esteve uns dias em casa com a avó e enquanto não pôde ir à escola fez coisas muito divertidas que agora partilhou com os amigos. A germinação de feijões foi uma das partilhas que o Xavier trouxe e claro que todas as crianças quiseram experimentar esta atividade. Assim, um dia de manhã arranjámos copos, algodão e feijões e fizemos a experiência tal e qual como a família do Xavier nos explicou. 




Todos os dias observámos o crescimento dos nossos feijões... e de repente já estão assim: 


terça-feira, 17 de abril de 2018

Composições artísticas

Esta semana estivemos a fazer composições artísticas partindo de recortes de cartolinas de diferentes cores e formatos. As crianças que quiseram experimentar esta atividade exploraram a cor e a forma, colando os pedaços de cartolina numa folha em branco. Houve quem escolhesse colar todas as cores e formas, houve quem preferisse apenas duas cores, houve quem se dedicasse ao trabalho com grande concentração e houve quem tivesse uma atitude mais descontraída. Durante a semana os papéis, a cola e as folhas estiveram ali pela sala e as crianças puderam escolher participar com o apoio discreto do adulto. 


sábado, 14 de abril de 2018

Pintar como Pollock

Esta semana a Nádia partilhou com o grupo fotografias de um pintor chamado Pollock que pintava de uma forma original os seus quadros. A Nádia também trouxe fotografias das suas obras e até um vídeo que projetamos na parede da nossa sala onde vimos o pintor em ação. Depois também vimos alguns vídeos de crianças a pintar como o Pollock pintava. Ficámos curiosos sobre este estilo único de pintura: o gotejamento!


Um dia depois de vermos o filme e de termos tido contacto com este pintor perguntámos aos pais se podiam trazer uma muda de roupa porque queríamos experimentar esta nova técnica. 

E assim foi, com muitos salpicos, tintas coloridas, entre gargalhadas e muita expressividade lá nos dedicámos a fazer um mural coletivo ao estilo do Pollock. 


Foi uma manhã super divertida e colorida que terminou com um mural fantástico que irá dar forma e cor às nossas capas de trabalhos e produções culturais. 

terça-feira, 10 de abril de 2018

Uma tenda na sala!

A mãe do Miguel partilhou um dia connosco que lá por casa têm uma tenda onde o Miguel adora brincar. Sugeriu também vir à nossa sala fazer uma tenda para as crianças da sala poderem brincar tal como o Miguel brinca em casa. Chegado o dia a Joana entrou na nossa sala munida de grandes lenços que rapidamente transformou numa tenda maravilhosa num dos cantos da nossa sala. Em grande correria todos entraram naquela tenda que surgiu na sala. 


A Joana contou-nos uma história deliciosa, daquelas que saem inventadas das nossas cabeças e um a um foi cativando a sua atenção com palavras doces e aventuras imaginárias. 


Claro que depois de uma história, só podia vir outra!


... e mais uma! 


A manhã foi mesmo rica e divertida. A Joana foi se embora, mas a tenda ficou e assim por mais uns dias houve diferentes brincadeiras e tantas outras aventuras (tais como nas histórias) dentro daquela tenda especial. 


Obrigada à família do Miguel por esta partilha tão divertida!

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Sessão de relaxamento com luzes

Na nossa sala todos são considerados parte do grupo. O grupo não são só as crianças, o grupo são as crianças, as famílias, a equipa de sala (educadora, auxiliar de ação educativa, estagiárias que por cá passam) e toda a comunidade educativa. Isto quer dizer que todos nós podemos ser pontos de partida para atividades e projetos que acontecem na sala. "O planeamento das atividades em creche decorre de diversos pontos de partida, podendo estes confluir em propostas carregadas de significado. Como pontos de partida temos os interesses das crianças manifestados pelo seu comportamento e pelas suas verbalizações, bem como pelas escolhas espontâneas que fazem; as necessidades das crianças, manifestadas numa dificuldade identificada pelas famílias ou pelos educadores; a vida na creche, em casa ou na comunidade, onde surgem oportunidades e interesses; o contacto com o nosso património cultural e natural a que as crianças têm o direito de aceder (ex: histórias, lengalengas, pintura, culinária, ida a um concerto, passeio no campo)." in Folque, Ricardo & Bettencourt

Um dia em conversa na sala, a Nádia disse-me que queria fazer uma atividade com as crianças, mas que não sabia como esta poderia surgir. Esclarecemos que, sendo ela parte do grupo, também ela poderia sugerir uma ativadade, propondo às crianças a sua ideia. Combinámos tudo e chegou o dia. A Nádia tinha uma surpresa para todos. Entrámos de manhã na sala e encontrámos um ambiente tão diferente. Havia luzes por todo o lado. Luzes no chão para brincar, luzes que refletiam cores e movimento no teto. O mundo parecia ter parado ali dentro. A acompanhar aquele cenário, tocava música clássica no rádio. A Nádia tinha preparado tudo ao pormenor. A exploração e a sensação de relaxamento naquela manhã foi incrível. Claro que acabámos por convidar a sala dos nossos amigos do lado para virem viver este momento connosco. Um momento tão rico e tão cheio de significado para todos!



segunda-feira, 2 de abril de 2018

Como as fotografias se tornaram um projeto?

Tudo começou com uma brincadeira de faz-de-conta. Eu e a Sara comentávamos uma com  a outra como algumas crianças usavam diferentes objetos para fingir que tiravam fotografias. Às vezes com a máquina de brincar da área do faz-de-conta, às vezes com peças de lego ou outros brinquedos da sala. A Sara ficou a pensar naquela conversa e logo propôs: "Então e se fizéssemos um projeto sobre fotografia?" Daí a tudo o que se seguiu foi um salto. O ponto de partida estava lançado:


Uns dias depois a Sara trouxe para a sala várias imagens de máquina fotográficas diferentes que pudemos explorar das mais variadas formas. 


Logo depois mostrámos-lhes várias máquinas fotográficas diferentes que tínhamos trazido. Instantâneas, antigas, recentes, digitais, analógicas, etc. A exploração foi grande: 


Usámos as mais diversas formas de fotografar e depois observámos as fotografias que tirámos:


Também brincámos com rolos de máquina fotográfica:


Depois de todas as experiências, fomos experimentar tirar fotografias com uma máquina fotográfica digital: um a um lá foram disparando a máquina e focando o que mais queriam.


Foram momentos deliciosos e partilhados pelo grupo. 

Passámos então à fase seguinte deste projeto. Eu imprimi as fotos que as crianças tiraram e em pequenos grupos fizemos a leitura das imagens fotografadas. 


O resultado ficou exposto à porta da nossa sala. Tão interessante este culminar com a construção dialógica do que fizemos.