sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Porque é que os animais não conduzem?

Na nossa tarde de dinamização de histórias rimos a valer com a História "Porque é que os animais não conduzem!" Depois de percebermos que a preguiça não conduz porque adormece ao volante e que o papagaio não conduz porque está sempre a falar ao telemóvel, fomos dar continuidade à história descobrindo outros animais e suas características que os impedem de conduzir. De forma brilhante, surgiu uma segunda versão desta história. 

 


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Diálogos à volta de uma mesa

Na sexta-feira provoquei-os na reunião da manhã: "Vocês sabem para que serve a escrita?" Todos respondem que sim, aquele "sim" em coro que, quem trabalha com crianças, conhece tão bem. Continuo. "Então digam-me lá para que serve a escrita!?" As primeiras respostas são todas afetivas e distantes do verdadeiro sentido da escrita. (Quase me sinto frustrada neste momento!)

"Para aprender a escrever!" - Madalena A. 
"Para escrever palavras!" -António E. 
"Para mostrar aos meus pais!" - Madalena A. 
"Para crescer!" - Madalena B.
"Para treinar!" - António E. 
"Para aprender a ler!" - João
"Para os adultos perceberem!" - Madalena A. 

No meio do afeto, surge a primeira resposta de uma das funcionalidades da escrita. 

"Serve para escrever uma carta ao Pai Natal!" Madalena B. 
"E serve para escrever cartas aos amigos das outras escolas, como da sala da Aissa!" - Beatriz

(abre-se o caminho...)

"A escrita serve para escrever livros e histórias!" - Afonso Luz
"Serve para nos lembrarmos de coisas importantes que acontecem ou que sabemos, sítios onde fomos!" Sofia, Afonso L. e Madalena B. 
"Também serve para escrevermos o nome nos trabalhos e depois sabermos quem é que os fez!" - Madalena A. 
"A escrita serve para decidirmos o que vamos fazer no plano do dia!" - António E. 
"Serve para escrevermos as coisas más que acontecem, as coisas boas, o que fizemos e o que queremos fazer!" - Madalena A., Afonso L. e João
"Serve para fazermos convites! Os convites devem ter hora, lugar e dia!" - Madalena A. e Madalena B. 
"Eu ainda sei outra coisa... serve para identificar!" - Afonso L. 

Identificar? - pergunto

"Sim, identificar, as portas dos cinemas, as caixas dos materiais, os nossos cabides!" - Afonso L. 
"Também serve para escrever a data!" - Joana
"Nãoooo!!! A data tem números. A escrita tem letras!" - Madalena B. 
"Simmm, mas escrevemos a data... então é escrita!" - Joana

(entra o conflito cognitivo)

Se tem números, não é escrita. - dizem mais uns quantos. E eu pergunto: Então e os números servem para quê? 

"Isso é fácil! Servem para aprender a contar!" - Madalena A. 
"Para saber quantos estão... podem estar em cada área!" - João
"Para escrever a data!" - Beatriz
"Para sabermos em que dia estamos!" - António
"As portas das casas têm números!" - Afonso L. 
"E os elevadores também têm números!" - João
"Os números servem para pôr coisas em ordem!" - António E. 

Não havia mais sugestões e eu fiz uma sugestão. "E se perguntassem, este fim-de-semana lá em casa, onde é que há números e para que é que os números servem, afinal? Não se esquecem?

"Não!!!" - lá respondem de novo em coro
"Eu tive uma ideia... para não nos esquecermos, devíamos escrever num papel e levávamos para casa. É para isso que serve a escrita, não é? Para lembrar o que não fica na memória? - Afonso L. 

E foi assim que eles escreveram vários post-its e guardaram desta forma, bem pertinho dos seus pertences nos cabides. Agora estou, ansiosamente, à espera do que aí vem. Mas digam lá, não é maravilhoso ser educadora? 



Um dos lembretes! Maravilhoso!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

"O que é um jornal?"

Tudo começou numa reunião da manhã em que a Madalena A. trouxe um jornal para a sala. O jornal tinha sido dado por uma senhora, quando a Madalena vinha para a escola de carro. Afinal, o que era aquela espécie de livro com imagens e letras? A dúvida surgiu e resolvemos fazer uma pequena pesquisa. De uma leitura no dicionário para um projeto de estudo foi apenas um pequeno salto. 


Feita a pesquisa descobrimos, o que é um jornal, o que é uma notícia, como se faz uma notícia e que tipo de notícias aparecem nos jornais, quem escreve as notícias e ainda descobrimos que outros conteúdos existem dentro de um jornal, para além das notícias. 


Depois pudemos analisar uma notícia, perceber porque é que há notícias maiores que outras e porque é que só algumas aparecem na capa. Percebemos o que são anúncios e que no jornal também podemos ver o tempo, as sessões do cinema e até fazer alguns jogos (como o Sudoku ou as Palavras cuzadas). No final fizemos dois convites: um para a sala da Marta Reis e outro para a sala do Álvaro. 


No dia marcado, recebemos os nossos convidados, e apesar do nervoso miudinho que se fazia sentir e que os próprios admitiram no momento da avaliação da comunicação, tudo correu bem. Foi a estreia para alguns, mas sentiu-se o apoio de quem já o faz há mais tempo. Um orgulho!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Que figuras geométricas conhecemos?

Esta semana, num dia de manhã, decidimos na reunião, procurar na nossa sala objetos que nos fizessem lembrar figuras geométricas. Foi uma busca divertida e que deu imensos resultados. Ora que descobrimos que o relógio da sala tem a forma de um círculo, e que a tabelete de chocolate da área do faz-de-conta tem a forma de um retângulo, que o tampo dos pequenos bancos da casinha são redondos e que a tenda da caixa dos índios tem uma forma triangular. Registamos as nossas descobertas...


... e à tarde em grande grupo e com jogos mais estruturados (por exemplo, os blocos lógicos e o tangran) descobrimos estas e outras formas geométricas. A brincar construímos conhecimento que depois transmitimos à restante comunidade num cartaz que elaborámos. 


No final houve tempo e espaço para mais descobertas... então não é que a Madalena B. juntou dois quadrados e formou um retângulo e a Matilde juntou dos triângulos e descobriu um losango. A nossa tarde de Matemática ganhou mais sentido por termos vivido desta forma todas estas descobertas!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Areia na Área das Ciências

Que bom que é poder brincar com areia com este tempo, que nos lembra tudo, menos praia! Na nossa área das Ciências temos uma caixa com areia cinética. A areia cinética é uma areia muito fácil de moldar! Não deixa as mãos sujas, não tem glúten e nunca seca! É fácil de limpar, não se gasta e não se espalha. É espetacular! E pode-se reutilizar sempre, construção após construção, escultura após escultura.  Perfeito para podermos fingir que estamos na praia, nestes dias mais frios! Escusado será dizer que eles adoram!!!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Teatro dos Três Porquinhos

Estamos numa fase, na nossa sala, que tudo é motivo para teatro. Descobriu-se, portanto, o prazer da recreação. Desta vez, e depois de ouvirmos a história dos Três Porquinhos, um pequeno grupo organizaou-se para fazer um teatro de fanctoches que queriam apresentar à escola. De uma autonomia e organização surpreendente este pequeno grupo decidiu as personagens, quem seria o apresentador - sim, havia um apresentador, e um narrador. Com a ajuda da Patrícia criaram os fantoches e fizeram os convites. No dia combinado representaram a história para o restante grupo e sala da Marta Reis. Foi tão engraçado ouvi-los a fazer vozes e tudo! 


Depois expusemos os fantoches, projeto organizador do teatro e explicação de como surgiu esta ideia num cartaz na nossa sala. É virem ver. Está giríssimo!