quarta-feira, 30 de março de 2016

Ginástica no Parque

O bom tempo leva-nos ao parque e apesar de ser dia de ginástica, nada nos impede de sair. Atividades físicas no exterior são ainda mais divertidas. Aliás a nossa manhã foi isso mesmo... sorrisos e mais sorrisos numa grande diversão. Claro que o Beto alinha sempre nestas brincadeiras.


segunda-feira, 28 de março de 2016

Dia do Pai - o melhor do Mundo!

Durante semanas preparámos com grande entusiasmo uma das melhores prendas de sempre. Claro, que contámos com a ajuda preciosa das mães, que foram nossas cúmplices na hora de responder a algumas questões e ainda para nos arranjarem algumas fotografias. O plano parecia simples: Vamos fazer um livro para o pai! Mas o livro, não era um livro qualquer... era um livro personalizado e único para cada pai.


Mediante informação que tínhamos sobre cada um e tendo em conta o que cada filho nos contava sobre o seu pai, deitámos mãos à obra. Alguns livros continham cartas de amor, outros brincadeiras preferidas, uns falavam de música, outros de filmes e viagens. Não houve um livro igual. Chegado o dia a excitação era imensa... 


Ao longo do dia fomos recebendo os pais na nossa sala ou para um lanche, ou para o pequeno almoço. Entregámos a nossa prenda e no meio de mimos, abraços e sorrisos os pais finalizaram o seu livro com uma última página desenhada a dois. Foi um momento único e mesmo muito, muito feliz! 

Obrigada a todos os que se envolveram nesta prenda especial, obrigada a quem nos ajudou - a mim e à Patrícia que nos vimos de olhos em bico para apoiar cada criança na realização deste presente único, mas que valeu cada detalhe!   

sexta-feira, 25 de março de 2016

A escrita na nossa sala!

As paredes da nossa sala respiram escrita. Todos os dias brincamos com os sons das palavras e a brincar construímos uma consciência fonológica de extrema importância para a aprendizagem da leitura e da escrita que acontece mais tarde, no 1º Ciclo. A verdade é que ao desenvolvermos esta consciência fonológica, estamos a um passo desta aprendizagem. Ao mesmo tempo estamos a aumentar o vocabulário de todos na sala, por exemplo, sempre que fazemos uma lista de palavras. E, ainda fazemos diversas descobertas linguísticas como podemos ver na fotografia do nosso expositor de trabalhos de escrita da nossa sala. 


sexta-feira, 18 de março de 2016

No Páteo Alfacinha fomos muito felizes!

Esta semana tivemos uma das mais fantásticas visitas de estudo de sempre. Fomos ao Páteo dos Pequeninos. E o que é isso do Páteo dos Pequeninos «O “Páteo dos Pequeninos” é um programa educativo do Páteo Alfacinha, direcionado para crianças. Este projeto tem como objetivo dar a conhecer as tradições da cidade, proporcionando vivências lúdicas e didáticas em espaços reveladores da identidade lisboeta.»

À chegada, esperava-nos uma breve sessão de cinema preparada com cenas selecionadas de alguns filmes portugueses. As várias personagens retratadas pelos atores de comédia portuguesa dos anos 30 a 50 transportaram-nos no tempo, criando o ambiente perfeito para as novas aprendizagens. Assim começou a viagem ao passado lisboeta.


No Páteo Alfacinha nada é descurado, desde a Rosa, a lavadeira que por ali anda e cumprimenta toda gente com os seus encantos, ao pão que é servido quente a meio da manhã, à pequena casa mobilada, ao coreto no meio do pátio, aos jogos de mesa que repousam no café.

No Páteo Alfacinha encontramos espaços de uma beleza única: a Capelinha de Santo António de Lisboa, a Sala dos Pregões, o Salão Nobre, o Jardim de Inverno, a Tasca, a Padaria, a Casa da Mariquinhas, a Mercearia, a Barbearia, a Horta, o Coreto, a Galeria de Arte, a Cervejaria e a Oficina de Azulejos, entre outros.

Foi no Jardim de Inverno que arregaçámos as mangas e mergulhámos no mundo da cerâmica. Que atelier maravilhoso. Logo que chegámos foi nos explicado de onde surge o barro. Que ele pode existir perto das nossas casas, que basta cavar bem fundo que provavelmente encontraremos barro. Não seria com esse que iríamos trabalhar hoje, mas não deixámos de poder observar como é esse barro tosco e de aspeto sujo que encontramos por aí. 


Com as mãos no barro, aprendemos algumas técnicas que nos permitiram fazer as mais variadas peças de cerâmica. No jardim de inverno houve silêncio e houve magia... as crianças estavam tão deslumbradas com todas as técnicas que aprendiam, tão envolvidas que consegui sentir a respiração de cada uma e a voz calma da nossa atelierista que nos cativou desde o primeiro segundo. 


Seguiu-se um momento para lavarmos as mãos e foi à moda antiga, entre sorrisos e pequenos saltinhos de euforia que tudo aconteceu!


Dali, partimos para o páteo, onde nos esperavam as outras turmas com pão quente. Cada grupo tivera uma experiência rica como a nossa. A Sala da Carmo fez o pão na padaria, a Sala da Marta perdeu-se no mundo mágico da fotografia e o 1º Ciclo divertiu-se com as danças tradicionais portuguesas. 


Depois da pausa para o lanche os grupos voltaram a dividir-se e nós ficámos no páteo. Num maravilhoso espaço para brincadeiras tradicionais. As fotografias falam por si!


A nossa visita terminou na sala dos pregões, onde a Rosa Lavadeira fez um pequeno teatro para nós e em jeito dramatizado lavou roupa, estendeu, falou-nos sobre o seu casamento que está à porta, dançou, cantou e encantou!


Saímos do Páteo Alfacinha de coração cheio e carregadas de amor, vivências, cultura e muitas obras em barro que em breve todos levarão para casa. Saímos com vontade de regressar... afinal todos os ateliers são o máximo e ainda ficou muito por explorar. Uma visita de estudo inesquecível!

sábado, 5 de março de 2016

Os Açores no Continente

A mãe da Matilde esteve uns dias nos Açores... de regresso trouxe a mala carregadinha de tradições e culturas desta terra. A sua primeira paragem foi a nossa sala. Não podíamos estar mais felizes! Assim que chegou contou-nos um pouco sobre a sua viagem. Depois começou a mostrar-nos o que trazia para vermos. 


Primeira partilha. Nos Açores há vulcões - a maior parte estão extintos -, e desses vulcões resultaram muitas pedras. São rochas vulcânicas que se formam por arrefecimento da lava. A Margarida trouxe-nos dois tipos de rocha - umas mais escuras e pesadas e outras bem leves. Estas pedras mais leves chamam-se pedra-pomes. Depois de observarmos bem a textura e cor destas pequenas rochas, a Margarida sugeriu que fizéssemos uma experiência. A experiência dos objetos que flutuam e não flutuam. A maior parte, lembrava-se que, da última vez que tínhamos feito esta experiência, as pedras não flutuavam. O que aconteceu a seguir foi mesmo interessante. Algumas pedras afundaram outras ficaram a flutuar. Percebemos então que as pedras-pomes são muito pouco densas e por isso flutuam. 


Depois da experiência, seguiu-se um delicioso momento em que nos deslumbrámos com a cor da areia da praia dos Açores. A Margarida explicou-nos que até chegarmos à praia há muitas pedrinhas escuras e depois a areia é preta, resultante das rochas vulcânicas dos Açores. Que bom que foi sentir um bocadinho das praias dos Açores nas nossas mãos. 


Seguiu-se um momento de degustação na nossa sala. A mãe da Matilde presenteou-nos com queijo da ilha, maracujá, anonas, bolo lêvedo e massa sovada! Nhammiiiiii... não podia ter sido melhor. Claro que nos deliciámos!


A visita terminou com um momento enternecedor. O momento em que a Margarida partilhou connosco a lenda da Lagoa das 7 Cidades. Ficámos extasiados com tamanha história de amor e também ficámos a perceber o que é uma lenda. A história fez-se acompanhar de imagens da mais bonita da Lagoa dos Açores. 

Obrigada Margarida por esta manhã maravilhosa! 

quinta-feira, 3 de março de 2016

Comunicar para partilhar

Todos os dias na nossa sala temos um momento para comunicações. No final da manhã o grupo reúne-se e cada um têm oportunidade de mostrar aos outros o que fez durante a manhã. Esta partilha de saber promove a autoestima de quem comunica, validando socialmente as aprendizagens. Quem escuta também aprende pois tem a oportunidade de se confrontar com outras formas de saber e de aprender. A comunicação das aprendizagens e a partilha dos produtos culturais permite que todos possam aceder à informação de que cada um dispõe e aos seus produtos de estudo e de criatividade artística e intelectual. As comunicações da manhã acontecem das mais variadas formas: um pequeno grupo quer apresentar um trabalho de matemática, um par mostra como se apoiou na realização de um jogo, individualmente há quem apresente esculturas em plasticina, desenhos, recortes e colagens, aguarelas, pinturas ou construções de lego. Tudo é socialmente aceite e a cada apresentação surgem novas ideias, novas sugestões e mais trabalhos, promovendo também a curiosidade de todos pelas várias áreas da sala e dando origem a novos saberes. 


Por vezes surgem pequenas ajudas e é simplesmente delicioso ver estas interações. As ajudas acontecem no momento da comunicação, mas também se percebem que aconteceram no momento da produção dos trabalhos. 


A felicidade que cada criança tem em partilhar um trabalho que fez é indescrítivel. Percebemos o quão importante é esta validação social. De acordo com Sérgio Niza "os conhecimentos pesquisados e apropriados, individualmente ou em grupo, têm de ser difundidos por todos, através de circuitos de comunicação dos saberes e de apresentação dos produtos culturais, de forma presencial ou virtual. "


O acesso a todos à cultura e aos seus produtos traduz-se na consciência comunitária de cidadania. Aquando deste tempo de comunicações, os que escutam são convidados a fazer comentários e a colocar questões,  permitindo a todos melhorarem os seus conhecimentos, construindo assim uma verdadeira comunidade de aprendizagem.


É desta forma que crescemos como grupo. O reconhecimento pelos outros de que nos esforçamos e trabalhamos, promove em cada um de nós o sentimento de pertença e de melhoria, tendo como finalidade o bem comum.