domingo, 23 de dezembro de 2018

Natal é sempre sinónimo de amor

Já sabemos que Dezembro é sempre sinónimo de Natal e Natal só pode (mesmo) ser sinónimo de amor. Este mês de Dezembro foi carregado de surpresas e visitas. Enquanto nós preparávamos uma surpresa para as famílias, fomos várias vezes surpreendidos por algumas famílias que carinhosamente nos entravam na sala. 


A mãe da Maria veio oferecer-nos uma árvore e ajudou-nos a decorar cada ramo com uma inicial do nosso nome feita em barro. 


A mãe do Miguel entrou na nossa sala com um cesto maravilhoso que lá dentro tinha vários ingredientes para fazermos bolachinhas de figo. Ficaram maravilhosas. 


Já a mãe da Francisca propôs vir à nossa sala ensinar a fazer elementos natalícios com o desenho das nossas mãos. 

Que mês tão rico em afetos. Obrigada a todas por tornarem Dezembro tão especial. 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

"Quero pintar as pedras do rio!"

Todos os dias o início do nosso dia começa da mesma forma. Braços abertos para receber quem chega, sorrisos trocados com quem já estabelecemos uma relação de confiança e colo para quem ainda precisa da segurança do afeto para o momento da separação. Um a um eles vão entrando na sala e após percebermos que já estamos todos (ou quase todos) começamos a conversar sobre a nossa vida. As experiências que cada um traz são muitas vezes o ponto de partida para novos projetos e descobertas. Este é um dos meus momentos preferidos do dia, aquele momento em que o "meu" se torna "nosso", aquele momento em que nos tornamos comuns.

A segunda-feira é sempre um dia mais cheio. Os fins-de-semana ricos em atividades, enchem a nossa manhã de novidades e propostas. Foi assim que esta semana o Santiago partilhou com os amigos que tinha ido ao rio com a sua família e que tinha apanhado pedras para trazer para os amigos. Quando o questionei sobre o que queria fazer com as pedras, respondeu prontamente: pintar.



O início e o final do dia na creche são momentos privilegiados para o estabelecer de relações de confiança e reconhecimento mútuo entre as famílias e o grupo de pertença na creche. Este espaço para acolher a família privilegia as conversas informais onde os profissionais trocam informações úteis sobre a vida do bebé e sobre as suas experiências em casa e na creche. Esta troca de informações, por vezes apoiada por fotografias de momentos importantes para a criança, pode ajudar os educadores a promover interações mais significativas e a planear atividades que decorrem de interesses das crianças. (Folque, Bettencourt & Ricardo, 2015)

Escrevemos a sua proposta na coluna do "Queremos fazer" no Diário e eu fiquei a pensar como poderíamos pintar aquelas pedras e tornar aquele momento em algo significativo para o Santiago e para o grupo. Foi, em conversa com a Patrícia (estagiária na nossa sala), que decidimos: vamos pintar as pedras e construir um jogo - um dominó.

A ampliação de reportórios culturais, o tornar significativas as partilhas que recebemos, é um dos principais desafios e, no fundo, o papel do educador.

Assim foi, a Patrícia trouxe para a sala vários dominós para termos contacto com este jogo, e decidirmos como fazer o nosso dominó.


Depois do contacto com os jogos, depois de muito experimentarmos e voltarmos a experimentar o jogo, decidimos pintar as pedras. Cada pedra com duas cores diferentes. Foi maravilhoso ver o cuidado das crianças, que de uma forma, extremamente cooperativa, pintaram as pedras.


Finalmente, depois de termos o jogo pronto, pudemos experimentar o jogo. Agora que este material se encontra no nosso armário dos jogos, é vê-los a escolher e a fazer a correspondência das mais variadas formas. 


O brincar é uma forma de aprendizagem, é importante dar significado e desafiar a construção de conhecimentos, cada vez mais amplos e interativos através do quotidiano da criança. Neste sentido, “o quotidiano institucional das crianças em idades precoces cria enormes desafios, mas também oportunidades aos educadores que acompanham o processo educativo nessas primeiras idades, se entendermos o alcance de se considerar a creche como espaço de revitalização cultural e social” (Folque, Bettencourt & Oliveira, 2012)

terça-feira, 27 de novembro de 2018

O Projeto dos Dinossauros

Na nossa sala existem caixas com vários brinquedos, materiais e possibilidades de descoberta. No início do ano começámos a explorar cada uma das áreas da nossa sala, mas não foi logo que se descobriu tudo o que por lá existia. Ora, há umas semanas a caixa dos dinossauros foi descoberta. As brincadeiras intensificaram-se à volta destes animais e a curiosidade foi mais além. 


Foi então que surgiu a proposta no Diário. "Queremos saber o nome dos dinossauros" pediam algumas crianças. 


Decidimos ir à biblioteca da escola procurar informações sobre os dinossauros. A biblioteca da escola é um espaço mágico, cheio de livros e histórias para contar. Encontrámos vários livros que aproveitámos para folhear ainda neste espaço. Depois levámos os livros escolhidos para a nossa sala e continuámos a nossa pesquisa. 


Regressámos à sala e começou uma intensa produção cultural à volta do tema dos dinossauros. Surgiram desenhos à vista, pinturas, "escrita" sobre os dinossauros... uma verdadeira maravilha que fomos acompanhando com o registo das nossas descobertas. 



Aos poucos fomos construindo as páginas do nosso projeto. A questão inicial, levou-nos a construir um ficheiro sobre dinossauros, mas continuávamos a observar o verdadeiro interesse das crianças: o momento de brincar com os dinossauros. Assim, pedimos ao avô do Santiago que nos ajudasse a construir uma caixa que nos servisse de apoio às brincadeiras. A caixa chegou e, com ela, alguns objetos da natureza: pequenos troncos, pedras, "relva"... 



A nossa caixa de dinossauros estava um encanto e proporcionava agora ainda mais brincadeiras. Decidimos, então, ir ao parque em frente à escola, apanhar mais elementos da natureza para enriquecer o nosso novo espaço de brincadeiras. 


A semana foi rica em atividades, brincadeiras e descobertas e só podia culminar com o momento de divulgação do nosso produto cultural. Assim, na sexta-feira, convidámos a sala da Carolina para assistir à nossa comunicação. Partilhámos as nossas descobertas e depois brincámos juntos na nossa caixa de dinossauros.



Foi um percurso maravilhoso e um privilégio, este de os acompanhar num projeto tão rico. 

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Fizemos Pizzas com a Sala da Xana

Esta semana a Madalena partilhou uma notícia com os amigos da sala sobre ter feito pizzas com o seu irmão Duarte. A partir desta partilha escrevemos no nosso Diário, que também queríamos fazer pizzas na escola. Como o Duarte está na Sala da Xana, achámos que era fundamental convidar esta sala para fazerem pizzas connosco. 


No dia marcado, fomos à sala da Xana e, primeiro contámos-lhes a história da Lagartinha... depois fomos pôr a mão na massa.


Com os mais crescidos, cortámos os ingredientes, escolhemos o que queríamos pôr nas pizzas e começámos a nossa tarefa: 


Depois de fazermos as nossas pizzas e de as levarmos ao forno, comemos ao almoço e estavam deliciosas. 


À tarde fizemos o registo deste nosso momento de culinária e escrevemos no diário o que fizemos. 


sábado, 17 de novembro de 2018

A Lagartinha muito Comilona

Há umas semanas apercebemo-nos que tínhamos na sala dois livros muito parecidos. Fomos ver melhor e descobrimos que, apesar das histórias terem tamanhos diferentes, por dentro eram iguais.


A Marta foi buscar mais histórias à biblioteca da escola e a constatação foi idêntica. As histórias eram sempre iguais e as ilustrações semelhantes. Decidimos, então, fazer a nossa própria história da Lagartinha Muito Comilona. 


Com o apoio dos adultos começámos a construir a nossa história: página a página na descoberta de cada aventura da Lagartinha.



Sempre inspirados nas ilustrações originais de Eric Carle, fizemos a nossa história que depois partilhámos uns aos outros. 


Ficámos a tão orgulhosos que, decidimos, ir comunicar a nossa história a outras salas. Fizemos o convite e fomos entregar:


No dia marcado, lá fomos nós à Sala da Carmo para partilhar esta história com os bebés desta sala e da sala da Fátima. Um momento deliciosamente bom, que contou com canções e que culminou com um momento de "contar histórias" em pequenos grupos. 


Momentos que nos fazem tão bem!