quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

A nossa cidade

Tudo começou numa reunião da manhã. O Manel trouxe para a sala um livro sobre uma cidade. Lemos esse livro com a sala da Carolina e descobrimos que o livro tinha uma loja, um talho, uma escola. Começámos a conversar sobre o que mais existe na cidade: "Carros"; "Igreja" ; "Biblioteca"...


Surgiram algumas sugestões, mas achámos que era mesmo importante fazermos o reconhecimento do nosso bairro. Como a nossa escola ainda fica um bocadinho longe (e é sempre a subir) do início do bairro, pedimos ajuda aos pais. No dia marcado, as famílias deixaram os seus filhos no ponto de encontro. Era então hora de irmos conhecer Alvalade com os nossos amigos da sala ao lado. 


Começámos a nossa caminhada e fomos tão bem recebidos. Na padaria ofereceram-nos bolachas caseiras, na mercearia comprámos uvas, na farmácia ficámos a conhecer quem vende os medicamentos. O percurso era grande... passámos passadeiras e vimos paragens de autocarro, vimos táxis e um carro da polícia. Por onde passávamos, diziam-nos adeus. O caminho levou-nos até ao quartel dos bombeiros, onde fomos simpaticamente recebidos e onde pudemos ver os camiões e os equipamentos dos bombeiros. 


A nossa viagem continuou, a cada esquina uma nova descoberta: uma lavandaria, uma loja de bicicletas, um talho, um cabeleireiro, muitos bancos e até a igreja de Alvalade encontrámos e reconhecemos. Mas se houve espaço que gostámos de visitar foi o mercado de Alvalade. Algumas vendedoras, reconheceram alguns do grupo. Entre acenos e conversas visitámos o mercado e observámos as várias bancas de alimentos. 


No caminho de regresso à escola, voltámos a acenar aos nossos "amigos vizinhos" do bairro. Passámos pela florista, cafés e restaurantes e acabámos o percurso atravessando a mata de Alvalade onde reconhecemos o parque que costumamos frequentar. A manhã foi maravilhosa e eles estoicamente aguentaram todo o percurso. 


Chegados à escola, pudemos conversar sobre o que vimos e decidir o que fazer com as nossas descobertas. O passo seguinte era construir uma maqueta do bairro, com algum do comércio que observámos na visita pela cidade. Numa construção, verdadeiramente a várias mãos e entre as duas salas, conseguimos acabar este nosso projeto. 


A nossa pequena cidade ficou maravilhosa. E o melhor de todo este processo foi poder partilhar a realização deste projeto com a nossa sala vizinha. 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

O Santi apresentou o seu mano aos amigos

Há momentos muito importantes na vida de uma criança. O nascimento de um irmão é um desses momentos em que o mundo abana, mas a certeza que continua tudo igual é fundamental. O Santiago teve um mano e algumas mudanças aconteceram, como por exemplo, mãe já não o vem trazer todos os dias. A mãe Tânia, sabendo como é importante para o Santi ter a mãe na escola, preparou com ele uma apresentação sobre o mano, os seus hábitos e gostos e trouxe o Vicente para apresentar aos amigos. Foram momentos de verdadeira ternura. 


domingo, 24 de fevereiro de 2019

O Opus 7 na nossa escola

Esta semana tivemos, cá na escola, um espectáculo de música e teatro que adorámos. Pudemos assistir a esta sessão com as salas da Carolina e da Marta Reis e partilhar um momento rico de interação e música. 

O OPus 7 é um espectáculo de música teatral que surge para promover a estimulação artística de qualidade, através de concertos portáteis para facilitar o acesso das crianças pequenas a atividades culturais na área da música teatral. 

Foi assim que num jardim de flores sonívoras, as abelhas valsaram, o vento murmurou e a chuva cantou. 

No final houve muito tempo para interagirmos com os instrumentos e experimentarmos os sons que cada um faz. 

Mais informações sobre este espetáculo aqui: http://ruipessoapires.com/

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

A avó Ana veio à nossa sala

A avó Ana vem muitas vezes buscar a Francisca à escola (mais ainda agora que a Francisca teve um mano) e sempre que vem brinca um bocadinho com os meninos e meninas da Sala da Marta. Eles correm, ela finge que os vai apanhar, as risadas são sempre muitas. Achámos, por isso, pertinente trazer a avó Ana à nossa sala e perguntámos-lhe se ela nos queria vir contar uma história. A avó Ana assentiu imediatamente e no dia combinado entrou na sala com o "Quiquiriqui" debiaxo do braço e no rosto a expressividade de uma vida de contadora de histórias. 


Todos adoraram e, a verdade, é que a história soube a pouco. Então a avó Ana, tal como a mãe do "Quiquiriqui" propôs vir fazer um bolo e voltar daí a uns dias à nossa sala. E assim aconteceu: 


Fizemos um maravilhoso bolo de maça, caramelo e canela que comemos ao lanche. Estava delicioso... tal como deliciosas foram as visitas da Avó Ana, que já é um bocadinho avó de todos na sala. 

“… é necessário rever a identidade da creche considerando a experiência dos adultos não menos central que a das crianças; na creche a experiência de crescimento não é somente da criança mas, é ao mesmo tempo ou pode ser pelo menos potencialmente, uma experiência de crescimento dos adultos.” Montovani & Terzi, (1995:168)